domingo, 14 de setembro de 2008

Como se preparar para uma gravidez masculina

No tempo dos nossos avós, era praticamente impensável imaginar um homem grávido. Mas hoje, os tempos são outros, o mundo mudou e é cada vez mais comum ver gestantes do sexo masculino andando por aí. Eu mesmo, tenho vários amigos que engravidaram ultimamente e acho uma coisa super normal. Outro dia, fiquei sabendo que até o Schwarzenegger estava esperando bebê. Se eu fiquei surpreso? Claro que não! Depois que esse cara foi eleito governador da Califórnia, nada mais me surpreende.



Por isso, resolvi elaborar este guia prático, com 5 passos para você, homem, seguir no dia-a-dia e estar preparado para uma futura gravidez.


1º Passo: Uma ou duas vezes por semana, use sua mochila à frente do corpo e não nas costas, como normalmente. Isso ajudará a sua coluna a se acostumar com o peso naquela região. Além disso, você poderá treinar a sua movimentação, aprendendo a desviar de obstáculos e objetos nos quais sua grande barriga de grávido poderia esbarrar. OBS: Caso você já ostente uma bela pança de chopp, você pode pular esta etapa.



2º Passo: Quando você estiver no processo de gestação, será bastante habitual sentir alguns enjôos. Então nada melhor que já ir acostumando as pessoas que convivem ao seu lado, com suas ânsias de vômito e regurgitações. Como? Essa é uma boa hora para você começar a desfrutar daquelas comidas de procedência duvidosa, como aquele Risoto de “Frutos do Mar” que o butequinho sujo da esquina prepara às quintas-feiras. Outra boa dica é abrir um pote de maionese e mantê-lo por 15 dias num ambiente quente e úmido, de preferência exposto ao sol, e pronto, você terá fabricado uma substância infalível: uma colherada e gorfo na certa!


3º Passo: Sente-se naqueles assentos reservados para gestantes, idosos e deficientes do meio de transporte público que você utiliza. Você passará a ver como estar grávido também tem lá suas vantagens. Mas esteja atento, é bem provável que alguma velha chata, ao ver um marmanjo barbudo sentadinho ali, venha a duvidar da sua gravidez e queira tomar o seu lugar. Não deixe! Lute por seus direitos! Falsifique um resultado de exame de gravidez e deixe sempre a mão, para essas ocasiões.



4º Passo: Use roupas de grávida no dia-a-dia. Faça da moda gestante o seu estilo de vestuário. Desse jeito, o pessoal do escritório e a turma do futebol de fim de semana já vão se habituando com os seus novos trajes, e quando aquela gravidez acontecer, ninguém estranhará seu novo guarda-roupa. Estar grávido também é estar chique!



5º Passo: Invente um desejo por algum alimento peculiar. Pode ser torresminho, mortadela, pistaches ou coisas do tipo. Eu, por exemplo, escolhi a Pamonha! Daí é só soltar a sua criatividade e despertar o desejo nos momentos mais inoportunos. Exemplo: no meio daquela reunião importante, interrompa o presidente da empresa e diga “Pessoal, vou ter que abandonar vocês. Tão ouvindo o caminhão da pamonha passando lá embaixo? Preciso descer lá e comer uma. Sabe como é, desejo de grávido...”. Ou então, acorde sua esposa no meio da madrugada e mande-a sair para comprar pamonha. Quando ela trouxer, você fala com uma voz chorosa: “Ah, mas essa não é a de pamonha de Piracicaba. Eu to com vontade daquela de Piracicaba!”.


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Fazer Amor de Madrugada

Já faz um tempo, deve ter sido lá pra 2003, eu estava assistindo o “Programa SuperPop com Luciana Gimenez”. Eis que me deparo com um daqueles debates que eles costumam promover por lá, que no caso desse dia específico, tinha como tema “A Prostituição”. Os debates do SuperPop, você sabe como é... Eles chamam alguns especialistas em conhecimentos gerais como umas Mallandrinhas e uns ex-Big Brothers, o Padre Quevedo e um pastor evangélico (para que haja alguma discussão calorosa), o Frank Aguiar, além de pessoas relacionadas ao tema da noite, naquele caso, prostitutas (que estavam devidamente mascaradas para não serem reconhecidas). Tudo isso, sob a moderação da perspicaz Luciana.



O tempo do programa sempre acaba estourando no meio do debate, e os créditos sobem na tela antes que se possa tirar qualquer conclusão sobre o assunto em pauta. Quer dizer, os telespectadores sempre tiram as mesmas conclusões, ou que perderam tempo, ou que conseguiram “emburrecer” um bocadinho. Mas naquele dia em especial, houve tempo para que se pudesse ouvir uma frase interessante, digna de reflexão, vinda da boca de uma das putas. A mesma boca que ela usa para........ Bom, vamos ao que interessa.



Ao ser questionada por Luciana Gimenez, uma garota de programa que tinha namorado, soltou a seguinte pérola: “É diferente, Luciana... Com meus clientes, eu faço sexo. Com meu namorado, eu faço amor!”.



A platéia do auditório, como não poderia deixar de ser, foi ao delírio. Ouviu-se pelo menos uns 40 segundos de palmas e gritinhos estridentes. E eu, no sofá, no auge dos meus 15 ou 16 anos fiquei refletindo. Nunca tinha parado para pensar como essa expressão era tola: “Fazer Amor”. Tenha dó. Pra mim, só quem faz Amor são os funcionários da fábrica de paçoquinha.





sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Vinte e hum

Há exatamente um mês, esse blogueiro que vos fala completou 21 anos de idade. E que idade importante! 21 é um número emblemático, diria até que é um número cabalístico!

21 é dois e um, que ao contrário é um e dois. Essa é a base da matemática, a base da vida, aquele famoso "um-dois, feijão com arrois!".

21 é aquele joguinho de baralho (também conhecido como BlackJack), em q você tem que ir tirando cartas até chegar o mais próximo possível de 21, mas sem estourar. Pergunta: seria o ator Jack Black (de "O Amor é Cego" e "Escola do Rock”) o melhor jogador de 21 do mundo? Acho que não. Pra mim, é o Austin Powers, q no primeiro filme da trilogia, nos dá uma grande lição de como viver perigosamente jogando este jogo.

21 é também aquele jogo maroto de basquete, que só precisa de dois jogadores para acontecer. Aquele que você joga ou porque não tem amigos suficientes para formar dois times de 3 e jogar street, e muito menos para fazer dois times de 5 e jogar o legítimo basquetebol. Ou porque é férias e toda a molecada do prédio foi viajar, menos você e o filho do zelador, que tem que se contentar com o 21 e o gol-a-gol.

21 também é especial por um outro motivo: Lembra quando você fez 6 anos de idade e, de uma hora pra outra, você não conseguia mais contar a sua idade usando apenas uma mão? Pois é, agora com 21, você não consegue contar nem se usar todos os dedos das mãos e dos pés. A não ser q você seja homem e resolva contar 21 de uma forma bem vulgar, utilizando aquele "dedo" q guardamos dentro da cueca.

21 é a idade em q você se torna maior de idade nos EUA, e pode começar a beber as suas budweisers sem ser importunado pelo xerife.

Em q século estamos mesmo? Ah, no XXI (21)... só pra lembrar...

Mais uma! Pegue um dado tradicional e conte quantas bolinhas pretas existem nele: 1+2+3+4+5+6 = ?

Agora faça um esforço com a memória (ou vá até a wikipedia) e lembre quem era o camisa 21 do Brasil na última copa. Era o Fred, q jogou apenas 5 minutos de um único jogo e fez um gol, na vitória de 2 a 0 sobre a Austrália. Já q estamos falando de números, os números de Fred em copas do mundo são impressionantes: média de 1,0 gol a cada 5 minutos em campo, sempre q Fred jogou o Brasil ganhou, e a seleção canarinho nunca tomou gols quando Fred jogou. É um fenômeno! É o nosso camisa 21!

E você já viu aquele filme do Jim Carrey, chamado "Número 23". Pois é, era pra ser sobre o número 21, mas eles teriam q pagar royalties para mim, pois eu já estava trabalhando nessa tese na época.

Bom, eu poderia passar um tempão falando mais sobre o número 21, poderia ficar até um ano. Mas aí eu já ia ter 22, e ia ter q começar a discursar sobre os "dois patinhos na lagoa", ou a Semana de Arte Moderna, etc...

Por isso, fico por aqui.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O verdadeiro pastel de pizza

Venho por meio deste blog, sugerir ao clã pasteleiro paulistano, a criação de um novo sabor de pastel: o pastel de pizza. Aí eu imagino você, sentadinho em frente ao computador e pensando: “Mas que blogueiro estúpido este! Será q esta anta não sabe q o pastel de pizza, não só já existe, como é um dos mais tradicionais das feiras da terra da garoa!?”.

Cabe a minha pessoa explicar. Não, seus iludidos, o pastel de pizza ainda não existe. Aquilo que encontramos hoje nas barraquinhas por aí, nada mais é q o pastel de margheritta. Vou exemplificar:

Quando você pede um pastel de carne, o q você encontra dentro? Carne, certo?

E quando você pede um de palmito, o que vem dentro? Palmito, claro.

Agora, quando pedimos um pastel de pizza, com o q nos deparamos? Queijo, tomate, orégano e azeitona. Isso não é pizza. Pizza tem massa e tem aquela bordinha. Isso aí é só o recheio. É a mesma coisa que falar q o pastel de frango é pastel de coxinha. Se fossemos seguir esse raciocínio tolo, poderíamos até dizer que o pastel de calabresa é pastel de pizza também, pois a calabresa, assim como a margheritta, é um dos sabores da pizza.

A minha idéia consiste em criar o verdadeiro pastel de pizza, aquele q vem efetivamente com pizza dentro. Dêem uma olhada no protótipo:

Aparentemente um pastel normal, não? Mas se usarmos a nova ferramenta do Google, o GoogleX-ray (Raio-X Google), q permite q nós vejamos o q tem dentro de qualquer coisa, poderemos observar o real conteúdo do pastel de pizza:

Pode parecer loucura, esse negócio de fazer uma comida feita de outra comida. Mas depois que a Nissin lançou o Miojo sabor Strogonoff, acho q não existem mais barreiras quanto a isso.

terça-feira, 13 de maio de 2008

O retorno

Após um período parado e esquecido, o blog Molho Especial está de volta. Se na nomenclatura televisiva, dizemos que um programa que fica afastado está “na geladeira”, no caso do Molho Especial, podemos dizer que ele ficou fora da geladeira. Exposto ao sol, ao calor, a umidade e os germes, o molho ganhou um toque peculiar de acidez, azedume e tempero. Afinal de contas, tudo o que é bom de verdade, precisa ficar um tempo envelhecendo. É assim com os vinhos, os whiskys e as coxinhas de boteco.


Então, você que esperou tanto tempo pela volta do molho, prepare-se para matar a fome e se deliciar novamente. Mas vamos com calma, pra não dar revertério no estômago.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Guia da Gastronomia Trash Paulistana - parte III

Ainda no clima do aniversário da capital paulista, e de tudo oq há de trash envolvendo essa metrópole e seus hábitos alimentícios extravagantes, vamos catalogar mais algumas iguarias:

Coxinha de buteco – Eis mais um clássico! Talvez o mais fácil de ser encontrado. É só ir até o bar de esquina mais próximo, pedir licença aos embriagados senhores debruçados no balcão, e procurar esta delícia, q normalmente fica na vitrine entre o risólis e aquele ovo cozido q tem tantas moscas em cima, q vc até pensa q se trata de um kibe. Mas vamos focar na coxinha, esta deliciosa combinação de cartilagem, orgãos e, até mesmo(!), carne de frango, dentre outros componentes indecifráveis, como aquele matinho verde, q insiste em se prender nos nossos dentes e dão aquele charme especial ao sorriso dos butequeiros. Jamais se esqueca de tempera-la com o molhinho de pimenta q vem na garrafa de Guaraná caçulinha (com furo na tampa), ou com aquele ketchup aguado e com essência de morango. E se voce está acostumado com aquela casquinha fininha e crocante de estabelecimentos abastados como Frangó e Braumeister, prepare-se para conhecer a verdadeira “casquinha”: grossa e viscosa, e as vezes meio ácida, caso a coxinha complete aniversário de uma semana na vitrine. Se após toda essa experiência, vc se sentir preocupado com a saúde de seu aparelho digestivo, não há oq temer. Peça ao garcom uma dose daquele líquido marrom, da garrafa gordinha: o Dreher! Garanto q todos os vermes e microorganismos nocivos serão devidamente exterminados.

Lanche de Pernil - Comercializado nas imediações de shows, eventos e, principalmente, nas portas dos estádios de futebol, este incrível sanduíche é uma unanimidade entre todas as torcidas. Formado basicamente por dois elementos, pãozinho xoxo e pernil, o quitute causa emoções no seu estomago, que nem um jogo decidido aos 47 minutos do segundo tempo com gol de mão poderia causar. A peça é temperada durante horas com os mais excêntricos e coloridos temperos, e após todo esse processo, a carne solta um caldinho q se assemelha ao suor do suvaco dos torcedores, tanto no quesito acidez, como no odor. Embora nao haja como comprovar, correm boatos nas arquibancadas de q o pernil é, na verdade, coxa de mendigos q morrem diariamente na metrópole paulistana, explicando assim o porque do tempero peculiar. Para aguçar ainda mais o sabor, nada como completar seu sanduba com o delicioso vinagrete de tina. Para quem não sabe, o vinagrete é produzido todo começo de bimestre numa tina, ou piscina inflável, de 200 litros. Dessa forma os legumes ficam marinando e curtindo por muito mais tempo q os vinagretes convencionais.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O Guia da Gastronomia Trash Paulistana - Parte II

Yakisoba da Paulista (apelidado carinhosamente pelos amantes dessa especiaria, como Yaki) - preparado por chineses q chegam todo mês dentro de containers no porto de Santos, ainda em processo de aprendizado da língua portuguesa; essa saborosa macarronada oriental é constituída dos seguintes ingredientes: Macarrão (q é pré-cozido em casa no dia anterior, e fica armazenado em baldes de plástico ou saquinhos de supermercado), Shoyu em garrafa pet 2 litros, carne (de gato, escolhidos minuciosamente nos arredores do Parque Trianon), frango (de pomba, os famosos ratos alados), repolho e cebola. O gostinho “defumado” do macarrão, vêm do dióxido de carbono emitido pelos carros e ônibus q trafegam pela avenida. Hoje espalhados por toda a cidade, os empreendedores deste negócio, fixaram um preço de cartel q todos devem respeitar: R$2,99 o pequeno, R$3,99 o glande.


Dog de Van - comercializado normalmente em Towners, é possível de ser encontrado tb em Unos e Trailers. Esse popular e econômico lanche da terra da garoa, é famoso por sua diversidade de acompanhamentos, q muitas vezes deixam de ser acompanhamento e passam a ser o principal, já q encobrem totalmente o sabor da salsicha. É possível inclusive, até optar por não constar salsicha no Hot Dog, já que ela é grande e não sobra espaço para colocar o feijão, a carne seca e o cury. O pão, molegato e insosso, serve apenas de apoio para segurar essa enxurrada de sabores. Recomendo pedir sempre o completo, seja lá oq isso envolva.


Milho no pratinho - Trata-se do novo grande sucesso culinário dos arredores dos terminais de transporte público. Nada mais é q uma versão prática e urbana do milho verde litorâneo. Ideal para quem não tem dentes ou não quer ficar segurando o sabugo quente (ui!). O milheiro facilita sua vida, retirando o milho da espiga e depositando tudo em pratinhos de isopor. A desvantagem é q vc precisa utilizar as duas mãos para devorar o alimento, exigindo assim, uma certa perícia para aqueles q pretendem se equilibrar no ônibus ou no metrô, sem poder segurar no ferro. Mas o que dá o toque especial de sabor nesse petisco, é a excessiva quantidade de margarina q é colocada em cima do milho quente. Ela derrete e os milhinhos ficam boiando nessa piscininha de margarina, formando uma sopa de pura gordura trans. Vale lembrar tb, q água usada para cozinhar o milho é aproveitada das chuvas ou das sarjetas das grandes avenidas da capital.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O Guia da Gastronomia Trash Paulistana - Parte I

Uma coisa q sempre me encantou na cidade de São Paulo, é a diversidade de comidas estranhas q você encontra nas ruas. Com preços populares, q variam de 1 a 5 reais, é possível adquirir os mais incríveis petiscos, q podem matar a sua fome pelo resto do dia, e se o seu estômago for frágil, podem lhe garantir problemas intestinais pelo resto da semana. Sujos e deliciosos, esses quitutes provam minha velha teoria q diz q para um alimento ser realmente saboroso, é necessário um pouco de falta de higiene.

É por isso q eu resolvi elaborar este guia apresentando os "personagens" da gastronomia trash paulistana. Aí vão alguns deles:


Acarajé do Vale do Anhangabaú - preparado por legítimas baianas oriundas da Paraíba, do Sergipe e do Piauí, esta deliciosa adaptação do prato baiano faz sucesso entre os transeuntes do centro da capital e a equipe do SPTV (Márcio Canuto e cia) que faz matérias no local. O bolinho é frito no óleo eterno (aquele q acompanha a cozinheira desde de o dia de inauguração da barraquinha) e é recheado com "camarões" (tatuzinhos de praia caçados em Itanhaém), vatapá (argamassa comestível com corante amarelo) e o não menos interessante Caruru (refogado de verduras q sobram na feira). Em relação aos danos estomacais q esta pequena bomba pode causar, não há oq temer. A estação do metrô é logo ali e possui banheiro público gratuito.


Churrasquinho Grego - originário do santuário de Atenas na era dos Cavaleiros do Zodíaco, foi trazido para o Brasil por Tony Ramos, quando este protagonizou um personagem grego na novela das oito. Constitui-se de uma peça cilíndrica de carne de 1 metro de altura por 35 cm de diâmetro. Nunca se descobriu ao certo de q animal é extraída esta peça, pois seu tamanho é exuberante, ficando como possíveis candidatos a baleia cachalote e o elefante indiano. O churrasqueiro grego, utilizando-se uma afiada faca (q ele tb usa para se vingar daqueles q passam mais de 15 dias devendo dinheiro do lanche) corta generosas fatias de carne q caem na piscininha de óleo e gordura q se situa abaixo do espeto. Já besuntados, os pedaços são colocados num fresquinho pão francês amanhecido e estão prontos pra irem goela abaixo. Mas não sem antes receberem um toque de vinagrete, q fica armazenado em uma gaveta metálica. O freguês também tem direito a um suquinho na faixa, para acompanhar e ajudar a engolir o sanduba. Os sabores desse suco variam ao longo da semana, são eles: laranja, amarelo, vermelho e roxo.


Pastel de feira - Encontrado nas barraquinhas q ficam nas extremidades das feiras, trata-se do mais tradicional e consolidado mata-fome da terra bandeirante. Quem nunca comeu? Originário da China, onde seu tamanho é reduzido e o recheio limita-se a carne, no Brasil esse alimento ganhou proporções gigantes (variando entre os tamanhos "envelopão" e "A4") e recheios multi-nacionais (pizza, romeu&julieta, etc). A higiene é o forte desse negócio, já q as mãos dos chineses estão sempre envoltas com luvinha de plástico, a mesma luvinha q entra em contato com a genitália do pasteleiro, quando esse sente coceira no púbis. Sem falar que o óleo do panelão é trocado todo mês, evitando que os vermes fiquem de tamanhos que possam ser observados a olho nu.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Papo de Cozinha

Outro dia eu parei para pensar como são legais os papos de cozinha, que acontecem nessas festinhas na casa ou no apartamento de amigos. As melhores conversas e assuntos sempre acabam saindo na cozinha. Diferente da sala, onde as pessoas são mais comedidas e politicamente corretas, na cozinha é que os convidados revelam seu lado mais escatológico e pornográfico. Acho que a proximidade com a geladeira, e conseqüentemente com as bebidas, acaba influenciando o teor das conversas.

Mas o "papo de cozinha" tem que acontecer de uma forma natural. Não pode ser uma coisa forçada do tipo: "Vamos lá na cozinha conversar?". O bom é quando você vai pegar uma cervejinha na geladeira e encontra aquele seu amigo fazendo uma caipirinha na pia. Aí você aproveita para puxar aquele assunto que não dava pra falar na sala, na frente de todo mundo: "Porra cara, outro dia me deu uma caganeira quando eu tava no trampo, e a descarga tava quebrada... Que sufoco!". Nisso chega um terceiro amigo, q também foi buscar uma breja e se interessa pela conversa, e começa a contar a história do primo dele que teve caganeira no busão.

Vinte minutos e oito cervejas depois, já tem 7 pessoas participando do "papo de cozinha", contando os casos mais sujos e se mijando de rir. É nessa hora que o dono ou dona da casa aparece e diz com aquela voz chorosa: "ô gente, vamo lá pra sala, vai...".

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Melona

Nunca fui muito fã de melão. Sempre achei uma fruta meio sem gosto. Aquela coisa que você come só por comer, porque está ali em cima da mesa. Suco de melão então, parece água suja com açúcar, não tem sabor nenhum. É por essas e outras, que eu sempre imaginei que se um dia inventassem um sorvete de melão, seria uma das coisas mais sem graça do mundo, praticamente um picolé de chuchu. Mas eu estava enganado...

Não é que os coreanos (quem diria?! Aqueles mesmos que comem cachorro, polvo vivo e outras bizarrices) conseguiram inventar um ultra-delicioso picolé de melão! O nome do negócio é Melona.


Conheci a iguaria há cerca de um mês atrás, em uma das minhas andanças pelo bairro da Liberdade. O que mais me motivou a experimentar o quitute, além do nome tosco e da embalagem impactante, foi que a cada 10 pessoas que circulavam pelo bairro nipônico, 8 estavam devorando uma Melona. As outras duas estavam vendendo Melona. Na Liberdade você encontra Melona pra comprar em tudo quanto é lugar, até em lojas de cosméticos e eletroeletrônicos. Para se ter uma idéia da popularidade do sorvete, quando eu fui jogar meu papel de Melona na lixeira, me deparei com uma imensidão de papeizinhos verdes. Isso mesmo, quase 90% do lixo era formado por embalagens de Melona.

E não é à toa. O bagulho é bom mesmo! Uma explosão de sabores, em formato de paralelepípedo, só com cantos retos. Denso e bem docinho, sem ser muito enjoativo. É claro que vai um pouco de leite condensado, pois só melão não seria capaz de fazer um picolé tão gostoso.

Melona também está disponível nos sabores morango e banana. Mas eu optei por experimentar o tradicional, por ser o mais popular e o carro chefe da marca. Mesmo porque o nome é Melona, e não Morangona, tampouco Bananona.

Eu recomendo. Apesar do preço salgado (R$3,50), vale muito a pena experimentar este doce.