quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O Guia da Gastronomia Trash Paulistana - Parte I

Uma coisa q sempre me encantou na cidade de São Paulo, é a diversidade de comidas estranhas q você encontra nas ruas. Com preços populares, q variam de 1 a 5 reais, é possível adquirir os mais incríveis petiscos, q podem matar a sua fome pelo resto do dia, e se o seu estômago for frágil, podem lhe garantir problemas intestinais pelo resto da semana. Sujos e deliciosos, esses quitutes provam minha velha teoria q diz q para um alimento ser realmente saboroso, é necessário um pouco de falta de higiene.

É por isso q eu resolvi elaborar este guia apresentando os "personagens" da gastronomia trash paulistana. Aí vão alguns deles:


Acarajé do Vale do Anhangabaú - preparado por legítimas baianas oriundas da Paraíba, do Sergipe e do Piauí, esta deliciosa adaptação do prato baiano faz sucesso entre os transeuntes do centro da capital e a equipe do SPTV (Márcio Canuto e cia) que faz matérias no local. O bolinho é frito no óleo eterno (aquele q acompanha a cozinheira desde de o dia de inauguração da barraquinha) e é recheado com "camarões" (tatuzinhos de praia caçados em Itanhaém), vatapá (argamassa comestível com corante amarelo) e o não menos interessante Caruru (refogado de verduras q sobram na feira). Em relação aos danos estomacais q esta pequena bomba pode causar, não há oq temer. A estação do metrô é logo ali e possui banheiro público gratuito.


Churrasquinho Grego - originário do santuário de Atenas na era dos Cavaleiros do Zodíaco, foi trazido para o Brasil por Tony Ramos, quando este protagonizou um personagem grego na novela das oito. Constitui-se de uma peça cilíndrica de carne de 1 metro de altura por 35 cm de diâmetro. Nunca se descobriu ao certo de q animal é extraída esta peça, pois seu tamanho é exuberante, ficando como possíveis candidatos a baleia cachalote e o elefante indiano. O churrasqueiro grego, utilizando-se uma afiada faca (q ele tb usa para se vingar daqueles q passam mais de 15 dias devendo dinheiro do lanche) corta generosas fatias de carne q caem na piscininha de óleo e gordura q se situa abaixo do espeto. Já besuntados, os pedaços são colocados num fresquinho pão francês amanhecido e estão prontos pra irem goela abaixo. Mas não sem antes receberem um toque de vinagrete, q fica armazenado em uma gaveta metálica. O freguês também tem direito a um suquinho na faixa, para acompanhar e ajudar a engolir o sanduba. Os sabores desse suco variam ao longo da semana, são eles: laranja, amarelo, vermelho e roxo.


Pastel de feira - Encontrado nas barraquinhas q ficam nas extremidades das feiras, trata-se do mais tradicional e consolidado mata-fome da terra bandeirante. Quem nunca comeu? Originário da China, onde seu tamanho é reduzido e o recheio limita-se a carne, no Brasil esse alimento ganhou proporções gigantes (variando entre os tamanhos "envelopão" e "A4") e recheios multi-nacionais (pizza, romeu&julieta, etc). A higiene é o forte desse negócio, já q as mãos dos chineses estão sempre envoltas com luvinha de plástico, a mesma luvinha q entra em contato com a genitália do pasteleiro, quando esse sente coceira no púbis. Sem falar que o óleo do panelão é trocado todo mês, evitando que os vermes fiquem de tamanhos que possam ser observados a olho nu.

Um comentário:

Fernando Spuri disse...

"Sensacional, soberbo, condizente.Uma deliciosa fonte de nutrição para alma e coração."
Revista Gula

"Detonado Mario Brothers Wii." Super Game Power

"Grande e gostoso." Revista G

"Polêmico e atual.Autor suspeito de lavagem de dinheiro e lavagem intestinal" Jornal Agora

"Andrezão, faz a minha! Eu já sabia!" Renato

"Garoto prodígio, para contato ligue 2349-2203!" Revista Talentos Brilhantes