segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Guia da Gastronomia Trash Paulistana - parte III

Ainda no clima do aniversário da capital paulista, e de tudo oq há de trash envolvendo essa metrópole e seus hábitos alimentícios extravagantes, vamos catalogar mais algumas iguarias:

Coxinha de buteco – Eis mais um clássico! Talvez o mais fácil de ser encontrado. É só ir até o bar de esquina mais próximo, pedir licença aos embriagados senhores debruçados no balcão, e procurar esta delícia, q normalmente fica na vitrine entre o risólis e aquele ovo cozido q tem tantas moscas em cima, q vc até pensa q se trata de um kibe. Mas vamos focar na coxinha, esta deliciosa combinação de cartilagem, orgãos e, até mesmo(!), carne de frango, dentre outros componentes indecifráveis, como aquele matinho verde, q insiste em se prender nos nossos dentes e dão aquele charme especial ao sorriso dos butequeiros. Jamais se esqueca de tempera-la com o molhinho de pimenta q vem na garrafa de Guaraná caçulinha (com furo na tampa), ou com aquele ketchup aguado e com essência de morango. E se voce está acostumado com aquela casquinha fininha e crocante de estabelecimentos abastados como Frangó e Braumeister, prepare-se para conhecer a verdadeira “casquinha”: grossa e viscosa, e as vezes meio ácida, caso a coxinha complete aniversário de uma semana na vitrine. Se após toda essa experiência, vc se sentir preocupado com a saúde de seu aparelho digestivo, não há oq temer. Peça ao garcom uma dose daquele líquido marrom, da garrafa gordinha: o Dreher! Garanto q todos os vermes e microorganismos nocivos serão devidamente exterminados.

Lanche de Pernil - Comercializado nas imediações de shows, eventos e, principalmente, nas portas dos estádios de futebol, este incrível sanduíche é uma unanimidade entre todas as torcidas. Formado basicamente por dois elementos, pãozinho xoxo e pernil, o quitute causa emoções no seu estomago, que nem um jogo decidido aos 47 minutos do segundo tempo com gol de mão poderia causar. A peça é temperada durante horas com os mais excêntricos e coloridos temperos, e após todo esse processo, a carne solta um caldinho q se assemelha ao suor do suvaco dos torcedores, tanto no quesito acidez, como no odor. Embora nao haja como comprovar, correm boatos nas arquibancadas de q o pernil é, na verdade, coxa de mendigos q morrem diariamente na metrópole paulistana, explicando assim o porque do tempero peculiar. Para aguçar ainda mais o sabor, nada como completar seu sanduba com o delicioso vinagrete de tina. Para quem não sabe, o vinagrete é produzido todo começo de bimestre numa tina, ou piscina inflável, de 200 litros. Dessa forma os legumes ficam marinando e curtindo por muito mais tempo q os vinagretes convencionais.

3 comentários:

Fernando Spuri disse...

Yo, não esmoreça.
Mantenha essa desgraça atualizada.

Tenho uma pauta boa, que requer certa pesquisa de campo. Vamo ae que o verão tá bombando.

Ana Carmo disse...

ahahahahahaha
demorei mas vim!
valeu pelo toque do dreher, às vezes como coisas que merecem ser rebatidas com uma boa dose!
beijo!

Ana Carmo disse...

ah.... porque vc parou de escrever???