terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O Guia da Gastronomia Trash Paulistana - Parte II

Yakisoba da Paulista (apelidado carinhosamente pelos amantes dessa especiaria, como Yaki) - preparado por chineses q chegam todo mês dentro de containers no porto de Santos, ainda em processo de aprendizado da língua portuguesa; essa saborosa macarronada oriental é constituída dos seguintes ingredientes: Macarrão (q é pré-cozido em casa no dia anterior, e fica armazenado em baldes de plástico ou saquinhos de supermercado), Shoyu em garrafa pet 2 litros, carne (de gato, escolhidos minuciosamente nos arredores do Parque Trianon), frango (de pomba, os famosos ratos alados), repolho e cebola. O gostinho “defumado” do macarrão, vêm do dióxido de carbono emitido pelos carros e ônibus q trafegam pela avenida. Hoje espalhados por toda a cidade, os empreendedores deste negócio, fixaram um preço de cartel q todos devem respeitar: R$2,99 o pequeno, R$3,99 o glande.


Dog de Van - comercializado normalmente em Towners, é possível de ser encontrado tb em Unos e Trailers. Esse popular e econômico lanche da terra da garoa, é famoso por sua diversidade de acompanhamentos, q muitas vezes deixam de ser acompanhamento e passam a ser o principal, já q encobrem totalmente o sabor da salsicha. É possível inclusive, até optar por não constar salsicha no Hot Dog, já que ela é grande e não sobra espaço para colocar o feijão, a carne seca e o cury. O pão, molegato e insosso, serve apenas de apoio para segurar essa enxurrada de sabores. Recomendo pedir sempre o completo, seja lá oq isso envolva.


Milho no pratinho - Trata-se do novo grande sucesso culinário dos arredores dos terminais de transporte público. Nada mais é q uma versão prática e urbana do milho verde litorâneo. Ideal para quem não tem dentes ou não quer ficar segurando o sabugo quente (ui!). O milheiro facilita sua vida, retirando o milho da espiga e depositando tudo em pratinhos de isopor. A desvantagem é q vc precisa utilizar as duas mãos para devorar o alimento, exigindo assim, uma certa perícia para aqueles q pretendem se equilibrar no ônibus ou no metrô, sem poder segurar no ferro. Mas o que dá o toque especial de sabor nesse petisco, é a excessiva quantidade de margarina q é colocada em cima do milho quente. Ela derrete e os milhinhos ficam boiando nessa piscininha de margarina, formando uma sopa de pura gordura trans. Vale lembrar tb, q água usada para cozinhar o milho é aproveitada das chuvas ou das sarjetas das grandes avenidas da capital.

3 comentários:

renato santoliquido disse...

Sensasional.

Um estouro.

não sabia do blog, agora já está entre meus favoritos.

Uma lição de como comer bem na metrópole.

Vc não sabe onde vai levar a gatinha para comer? há! ai temos opções para todos os tipos de sabores e horrores de tira colo.

Ave, André!

Ana Carmo disse...

cheguei aqui nem sei mais como.
não te conheço, mas já te amo!
caraca!!! fazia séculos que não ria tanto!! Li pra galera do estúdio onde trabalho e todo mundo passou mal, eu inclusive.
Na hora do pastel, tive que ler em partes porque já tava chorando de tanto rir!
Obrigada!!!

Fideo Astro disse...

Foda! muito bom mesmo André.
Eu sou amigo da Anacreola, ela me passou o link e disse "sua cara". Não sei se é porque:

A) sou paulistano convicto
B) adoro gastronomia
C) sou trash mesmo
D) não resisto a um torresminho cabeludo

Parabéns pelo blog
SAUDAÇÕES
Fideo Astro