Coxinha de buteco – Eis mais um clássico! Talvez o mais fácil de ser encontrado. É só ir até o bar de esquina mais próximo, pedir licença aos embriagados senhores debruçados no balcão, e procurar esta delícia, q normalmente fica na vitrine entre o risólis e aquele ovo cozido q tem tantas moscas em cima, q vc até pensa q se trata de um kibe. Mas vamos focar na coxinha, esta deliciosa combinação de cartilagem, orgãos e, até mesmo(!), carne de frango, dentre outros componentes indecifráveis, como aquele matinho verde, q insiste em se prender nos nossos dentes e dão aquele charme especial ao sorriso dos butequeiros. Jamais se esqueca de tempera-la com o molhinho de pimenta q vem na garrafa de Guaraná caçulinha (com furo na tampa), ou com aquele ketchup aguado e com essência de morango. E se voce está acostumado com aquela casquinha fininha e crocante de estabelecimentos abastados como Frangó e Braumeister, prepare-se para conhecer a verdadeira “casquinha”: grossa e viscosa, e as vezes meio ácida, caso a coxinha complete aniversário de uma semana na vitrine. Se após toda essa experiência, vc se sentir preocupado com a saúde de seu aparelho digestivo, não há oq temer. Peça ao garcom uma dose daquele líquido marrom, da garrafa gordinha: o Dreher! Garanto q todos os vermes e microorganismos nocivos serão devidamente exterminados.
Lanche de Pernil - Comercializado nas imediações de shows, eventos e, principalmente, nas portas dos estádios de futebol, este incrível sanduíche é uma unanimidade entre todas as torcidas. Formado basicamente por dois elementos, pãozinho xoxo e pernil, o quitute causa emoções no seu estomago, que nem um jogo decidido aos 47 minutos do segundo tempo com gol de mão poderia causar. A peça é temperada durante horas com os mais excêntricos e coloridos temperos, e após todo esse processo, a carne solta um caldinho q se assemelha ao suor do suvaco dos torcedores, tanto no quesito acidez, como no odor. Embora nao haja como comprovar, correm boatos nas arquibancadas de q o pernil é, na verdade, coxa de mendigos q morrem diariamente na metrópole paulistana, explicando assim o porque do tempero peculiar. Para aguçar ainda mais o sabor, nada como completar seu sanduba com o delicioso vinagrete de tina. Para quem não sabe, o vinagrete é produzido todo começo de bimestre numa tina, ou piscina inflável, de 200 litros. Dessa forma os legumes ficam marinando e curtindo por muito mais tempo q os vinagretes convencionais.